Já em 1980, Seymour Papert criou o termo Pensamento Computacional para falar da importância dos computadores e da tecnologia no ensino. Papert (1980), acreditava no potencial da tecnologia para a modificação da aprendizagem, no entanto, foi em 2006, que esse termo ganhou maior repercussão após Jeannette Wing, autora e professora de ciência da computação, publicar um artigo sobre o tema (Wing, 2006).
Para Wing (2006), o “Pensamento Computacional baseia-se no poder e nos limites de processos computacionais, sejam eles executados por um humano ou por uma máquina”. Segundo a autora, o pensamento computacional é uma habilidade que deveria ser desenvolvida por todos e não apenas para os que são da área de computação e ainda ressalta a importância da inclusão desta habilidade nas áreas de escrita, leitura e aritmética.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, (Brasil, 2018), “o Pensamento Computacional envolve as capacidades de compreender, analisar, definir, modelar, resolver, comparar e automatizar problemas e suas soluções, de forma metódica e sistemática, por meio do desenvolvimento de algoritmos”. A BNCC também associa que as aprendizagens de álgebra, números, geometria, estatísticas e probabilidade podem contribuir para o desenvolvimento do pensamento computacional.
O uso das atividades desplugadas, possibilita que o pensamento computacional seja trabalhado, mesmo quando os recursos tecnológicos digitais não são acessíveis. Assim, independentemente da realidade da escola, os estudantes terão a oportunidade de desenvolver competências essenciais para atuarem em uma sociedade que requer o uso constante de habilidades estratégicas de resolução de problemas.
Pesquisas têm mostrado que o pensamento computacional ultrapassa ambientes digitalizados ou que tenham como característica a sofisticação tecnológica, tendo sido registrado um crescente interesse por parte dos pesquisadores nas investigações de aplicabilidade do pensamento computacional em ambientes não digitais (Bayeck, 2024).